domingo, 3 de outubro de 2010

ACORDA FLUMINENSE

CONCA (foto divulgação Google)-J.Martins
O assunto começou após o argentino aparecer nas Laranjeiras 48 horas antes do jogo com o Avaí. Muricy Ramalho havia concedido o dia de folga para os jogadores que atuaram no domingo anterior. Cansados de guerra, de jogos seguidos, aeroportos, viagens e pressão, claro que todos ficaram eufóricos em passar o dia com familiares, amigos ou cuidar de assuntos particulares. Até o Muricy (que no Rio anda com um astral bem melhor do que aquele que mostrava à frente do São Paulo), aproveitou para curtir mais a cidade. Conca, porém, lá estava em meio dos jornalistas que cobriam o treino, onde ficou até o fim.

No final do coletivo, quando todos deixavam as Laranjeiras, eis que jornalista decidiu fazer uma brincadeira: uma votação simbólica com o objetivo de apontar o atual ídolo do Flu 2010? Fred, Deco, Washington, Emerson.. Quem? Após 25 consultas, não deu outra: Conca na cabeça. Apenas dois dividiram-se entre Deco e Fred. Muito justo. Afinal, como diria o saudoso tricolor Nelson Rodrigues; “toda unanimidade é burra”.

O resultado do “plebiscito” não surpreendeu ninguém. Desde o Brasileirão do ano passado, quando o Flu reagiu espetacularmente e saiu da zona de rebaixamento, Conca tem sido o grande o maestro da equipe tricolor fazendo a diferença, quer pelos dribles desconcertantes, passes precisos e armação das principais e mais ofensivas jogadas do time. Ademais, trata-se de jogador que jamais procura exibir-se em relação aos companheiros. E até averso a idéia. Ele é assim.

Não é sem mais nem nenos, que o técnico Muricy Ramalho não se cansa de dizer-se fã número um do argentino, afirmando tratar-se do melhor custo benefício já feito pelo Fluminense nos últimos anos. O incrível, é que até agora o argentino ainda não teve seu contrato renovado. Há duas semanas, é verdade, recebeu a promessa de que uma proposta lhe seria encaminhada na semana seguinte. Até agora, nada! O clube acenou-lhe uma nova proposta. Mas nada definitivo. O seu salário continua sendo o mais baixo entre os chamados cracaços da elite tricolor, em quarto lugar, atrás de Deco, Fred e Emerson. O que, convenhamos, não deixa de ser uma temeridade, se considerada a possibilidade dele sentir-se em segundo plano e decidir aceitar uma das muitas propostas que já lhe chegaram do Brasil e do exterior ao seu empresário. Afinal, apesar de tranquilo, ele é argentino. E como todo hermano, se esquentar um pouco a cabeça, bye-bye. Acorda Fluminense!

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