terça-feira, 16 de novembro de 2010

Com política inovadora, Santos FC aumenta de 54% para 73,5%a participação nos direitos econômicos dos atletas da Base

Seguindo as diretrizes da atual administração do Santos Futebol Clube, menos de dez meses a diretoria das categorias de base implantou um modelo de gestão inovador no futebol brasileiro. Além dos títulos em campo, o objetivo é garantir que os investimentos do Peixe em novos atletas tragam o retorno esperado. Prova disso é que, em menos de um ano, o clube aumentou de 54% para 73,5% a média de participação nos direitos econômicos dos atletas da base.Os direitos econômicos representam a receita que com uma futura transferência de um atleta poderá gerar. Eles são estabelecidos com assinatura do contrato profissional, que, por lei, só pode ser firmado com jogadores maiores de 16 anos. Neste momento, pode haver uma partilha destes direitos entre o clube e o atleta, que, no futuro, podem repassar parte de seus percentuais a investidores.Segundo o gerente das categorias de base do Santos FC, Luiz Fernando Moraes, o aumento da participação nos direitos econômicos dos jovens talentos santista é feita de três maneiras. Além renegociação de vínculos antigos, a contratação de novos atletas a partir de 2010 passou a obedecer à nova política, que tem como meta a participação mínima do clube em 70% dos direitos. Também houve casos de jogadores, sobre os quais o Santos FC tinha percentuais baixos, que se desligaram do clube.“A manutenção da estrutura das nossas categorias exige um investimento anual aproximado de R$ 10 milhões. Por tanto, como em qualquer empresa, implantamos filosofia de que é necessário reaver este aporte de recursos, tanto em forma de títulos quanto em dividendos financeiros. Somente assim, o clube poderá investir em novos atletas, gerando um ciclo virtuoso de vitórias”, disse.Dos 35 atletas do atual elenco profissional do Santos FC, 15 foram revelados pelo próprio clube, a exemplo de Neymar e Paulo Henrique Ganso. Por isso, Moraes ressalta a importância de que os contratos firmados com os jogadores da base sejam bem negociados.“O Santos FC sempre teve como característica revelar novos jogadores. No entanto, entendemos que, como uma das maiores vitrines do futebol brasileiro, o clube precisa ser compensado pelo investimento feito longo de vários anos para formar um atleta. Esta compensação só será justa, se os contratos da base forem bem negociados. Acima de tudo, nossa principal iniciativa foi interromper a prática de vender partes de direitos federativos pertencentes ao clube, já que estamos pensando em ganhos a longo prazo”, afirmou o diretor.Exemplos - O diretor das categorias de base do Santos FC, Paulo de Carvalho, diz que a renegociação de contratos foi o maior desafio para implantar o novo modelo de gestão. Ele cita como exemplo o caso do meia Renan Mota, artilheiro santista na conquista do vice-campeonato da Copa São Paulo de Juniores 2010. Após novo acordo com os investidores que detêm parte dos direitos federativos do atleta, o Peixe aumentou sua participação de 50% para 70%. No caso do zagueiro Alemão, também destaque da Copa SP, e do volante Anderson Carvalho, o percentual de participação santista aumentou de 60% para 70%.“Buscamos conscientizar os investidores de que o clube tem um ônus maior na formação do atleta. Assim, é natural que nosso percentual nos direitos federativos seja maior. Também é importante lembrar que, mesmo após as renegociações, não perdemos nenhum atleta considerado de alto nível”, explicou.No caso das contratações realizadas após a posse da nova gestão, Carvalho explica que o Santos FC garantiu no mínimo 70% de participação, sendo que na maior parte delas este percentual ultrapassa 80%. Normalmente, o restante dos direitos econômicos permaneceu com os clubes de onde os novos contratados vieram.“Como uma das maiores vitrines do futebol brasileiro, acreditamos que o Santos FC deve ficar com a maior parte dos direitos econômicos de seus atletas e colocamos esta filosofia em prática com as novas contratações. No entanto, para manter uma política de bom relacionamentos com os ex-clubes de nossos novos contratados, deixamos parte dos direitos com estas agremiações formadoras”, explicou.Caso Felipe Anderson - No início de 2010, a diretoria da base santista renegociou o contrato do meia Felipe Anderson, que aos 17 anos é umas da maiores promessas do clube e recentemente foi promovido à equipe profissional. O Santos FC detém 50% dos direitos federativos do atleta e o restante pertence a um investidor. Após o novo acordo, os percentuais foram mantidos. Porém, no caso de uma futura transferência do jogador, além do percentual que tem direito, o clube receberá do investidor 50% de tudo que gastou em pagamento de salários e possíveis premiações ao atleta.“Esta renegociação do contrato do Felipe Anderson é um caso inédito no futebol brasileiro. Com isso, pretendemos mostrar que a relação entre parceiros, investidores e atletas deve ser saudável para todas as partes”, completou. POR HUGO GENARO

Há dez anos a frente do futebol do Fluminense, por que a nossa patrocinadora nunca pensou assim? por que? alguem sabe me explicar! (meu grifo) TS

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