
Caro, JorgeMartins
Tenho lido e ouvido, há vários anos que João Havelange foi o responsável pela eleição de Ricardo Teixeir na CBF. Vou tentar mudar essa história, porquanto participei ativamente do envolvimento de Ricardo junto às federações. Vamos lá! Em 1982, quando da candidatura de Rubem Hoffmaister à presidência da CBF, em oposição a Giulite Coutinho, os oposicionistas - liderados por mim, conforme voce acompanhou - não tinham onde manter um comitê eleitoral próximo a sede da CBF (rua da Alfândega). Foi quando sugeriram que fosse solicitado ao Ricardo uma sala onde tinha sua empresa (Minas Investimentos), na travessa do Ouvidor, que acabou sendo cedida, em, atendimento a solicitação do Havellange, que era contra o Giulite. Como é de conhecimento geral, essa chapa foi derrotada. Em 1986 os candidatos eram Nabi Abi Chedi x Medrado Dias, e mais uma vez as instalações da Minas Investimentos foi cedida a um candidato - Medrado Dias - que acabou derrotado. Esse envolvimento nas eleições fez com que Ricardo passasse a conhecer os eleitores e, inclusive, o valor de cada um, quem vendia votos, quem não vendia. Como teria três anos até a próxima eleição, Teixeira começou a trabalhar a sua. Nos Estados onde o presidente não se vendia, ele acabou “convencendo” os clubes a votarem em seu candidato. Com essas manobras, mais tarde apareceu como candidato, à CBF, já contando com os votos daqueles que “convenceu”, na certeza da sua eleição. E assim aconteceu. Na oportunidade, era tão gritante a maioria de votos a seu favor, que não apareceu ninguém para fazer-lhe oposição. A partir dai, com o queijo e a faca na mão, Ricardo não saiu mais de cima da "carne seca". Essa é a verdadeira história das eleições de Ricardo Teixeira, que chutou o balde e nem mais cumprimenta quem o ajudou, a exemplo do ex-amigo e grande cabo eleitoral de então, Sergio Bandeira de Mello. E mesmo este seu amigo, como aconteceu durante a Copa do Mundo de Futsal, realizada aqui em Brasília, onde ocupo o cargo de presidente da federação de futsal, local onde, como convidado, não apareceu nunca. Um abração do amigo e mano
Ruy Telles
( Ruy Telles é radialista e presidente da Federação de Futsal do Distrito Federal)
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