sexta-feira, 23 de julho de 2010

Essa, o Ricardo Teixeira não esperava


Ricardo Teixeira só não contabilizou que poderia receber um driblaço, aço, aço... do Muricy.



Eu tenho que reconhecer que a escolha do Muricy acabou sendo um belo drible do presidente Ricardo Teixeira em cima da crônica, principalmente da paulistana. Caso a indicação fosse submetida a uma casa de apostas, o técnico corintiano, Mano Menezes, teria vencido, fácil! Pelo menos, nas apostas da maioria dos jornalistas paulistas. Tanto que um jornal da terra bandeirante chegou a esboçar os nomes de alguns auxiliares que o corintiano possivelmente indicaria para formar a comissão técnica da seleção.

Desde o momento que o Felipão foi para diante das câmeras da televisão falar que não foi convidado, afirmando que a sua meta era o Palmeiras, só o Palmeiras, deu para perceber que seria descartado por Ricardo Teixeira, além do que: como Teixeira iria manter o Romário como embaixador do futebol brasileiro para a copa de 2014? justamente, ele, Romário que fora cortado da copa do Japão por Felipão, é claro que isso não ia dar certo. Daí a escolha ter recaído entre Muricy e o Mano. Acabou dando Muricy. Como poderia ter dado o Mano. O que a meu ver, porém, só aconteceria se a imprensa paulistana não tivesse feito tanto lobby em cima do técnico corintiano, apontando-o como favas contadas para ocupar o cargo. Os cariocas conhecem bem mais o Ricardo Teixeira. Ele é assim mesmo. Lobby em cima dele, só os que ele mesmo encena.

Quem nunca esteve cotado foi o Leonardo. Foi um outro belo drible do presidente da CBF. Fez de conta que estaria disposto a nova tentativa, do tipo Dunga. Mas só isso ganhando tempo. Tempo para checar, ouvir terceiros e, principalmente, para ver se apareceria um outro nome que a imprensa estaria disposta a encampar. Havia ainda o do Luxemburgo, que além de não ter sido feliz na experiência que teve à frente da seleção, no momento que mais precisou não conseguiu emplacar o seu Atlético–MG como seu grande cabo eleitoral, enquanto o Muricy levava o nosso tricolor a seguidas vitórias e, finalmente, a liderança do Brasileirão. E diante disso, tinha mesmo que dar Muricy na cabeça.

Critério técnico na opção? Claro que sim. Lógico que houve. Teixeira não se lançaria numa nova experiência, tipo Dunga. Qualquer dos três técnicos na pauta serviriam. São técnicos decididamente vencedores. E a responsabilidade do novo técnico será muito maior que a do Dunga. Ele assumirá o cargo com a obrigação de reformular a seleção, buscar novos valores e conviver com a obrigação de formar um time capaz de brigar pelo caneco para que nós esqueçamos do fiasco de l950.

Contra o Muricy pesava apenas o seu temperamento. Tem um pouco do Dunga, sim. Fora isso, não há comparativos. Digamos que os ares cariocas fizeram-lhe bem, que está mais calmo, mais solícito. No Fluminense seu convívio com a imprensa tem sido o melhor possível. Nem parece o mesmo. Vamos ver até quando. A aposta da diretoria tricolor é boa, é correta e cá entre nós tricolores que se dane a seleção, chegou a nossa hora, seleção só em 2014. O Muricy é nosso.

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